O Ecosistema
Hoje vou trazer para você de forma simples, resumida e totalmente direito ao ponto o conceito de microsserviços.
De forma bem básica podemos conceituar como uma aplicação que seja específica o suficiente para executar apenas uma única tarefa.
Os microsserviços são independentes, é um elemento que não sobrevive sozinho, ele faz parte de um projeto maior, que convive com outros microsserviços para funcionar e poder executar suas micro tarefas.
Este conjunto de microsserviços pode ser chamado de ecosistema de microsserviços e juntos eles se completam, um não vive sem o outro, pois eles possuem uma codependência entre si.
As Camadas
A arquitetura de um microsserviço deve conter uma camada de API que será utilizado como interface de comunicação entre os outros microsserviços.
Seu código poderá ser feito de forma totalmente independente dos outros microsserviços, isto é, podemos ter um ecosistema que tenha microsserviços em Python, C#, Java e Node.
Os banco de dados de cada microserviço deve ser também independente de qualquer outra aplicação, isto é, um microserviço possui seu próprio banco de dados independente, podendo ser Sql ou NoSql.
A infraestrutura também é totalmente desconectada, você pode criar uma arquitetura de microsserviço que seja serverless ou server padrão.
Crie Padrões
O ecosistema de microsserviços devem possuir um padrão mínimo de Endpoint e também de nomenclaturas, isso facilita e muito o monitoramento dos seus serviços e todos da equipe devem seguir este padrão de desenvolvimento para que possa ser rápida a implementação dos microsserviços entre eles.
Uma dica importante é evitar inserir versões no endpoint dos seus microsserviços, diferente de bibliotecas, os microsserviços são na verdade pequenas aplicações divididas em tarefas, e atribuir versão para estes serviços se tornará insustentável quando uma versão evoluir. Evite utilizar versões, pois lembre-se, os microsserviços não são bibliotecas.
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Monitoramento, alertas e documentação
Seu microsserviço deve ser monitorado, pois a disponibilidade do serviço é crucial para o ecossistema funcionar de forma correta.
A documentação dos microsserviços também deve ser criada e sempre atualizada. Deve existir uma documentação clara de como utilizar seu microsserviço e como ele deve se comportar de acordo com os dados enviados para ele.
Os serviços disponibilizados pelos microsserviços também devem estar preparados para mensagens de erro, evitando deixar o cliente sem resposta por erro interno que possa acontecer. Mapear e documentar as mensagens de erro também é uma boa prática.
Alertas podem ser criados caso seu microsserviço fique indisponível e assim avise a equipe de sustentação para que possa atuar de forma rápida resolvendo o quanto antes o problema detectado.
Além do que já foi dito, seria muito útil inserir na documentação do seu microsserviço quais outros microsserviços ele utiliza para o funcionamento, desta forma os responsáveis de outros microsserviços poderão ter um canal rápido de avisos caso alguma catástrofe acontecer.
Conclusão
Mas afinal, qualquer sistema deve ser desenhado para ser um grande ecosisstema de micrososserviços?
Na minha opinião, a resposta para esta pergunta é: depende.
Claro que, a ideia é desenvolver sistemas que não se tornem grandes legados que não podemos criar novas features por estar todo ano reescrevendo o código que já se tornou obsoleto.
Você precisa analisar se, o que você está desenvolvendo vai se perpetuar no tempo, ou será um sistema simples com data de validade, para este último a criação de microsserviços irá se tornar muito complexa e demorada.
Gostaria de por fim indicar um livro muito útil que serviu como base para vários insights deste arquivo, o livro é: Microsserviços prontos para a produção de Susan J Fowler, este livro é muito completo e contém boas práticas que você pode usar para os projetos da sua empresa.
Espero que gostem da leitura e até a próxima.
